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- Ele quase não viu a senhora, com o carro parado no acostamento.
Mas
- percebeu que ela precisava de ajuda. Assim parou seu carro e
se
- aproximou. O carro dela cheirava a tinta, de tão novinho. Mesmo
com o
- sorriso que ele estampava na face, ela ficou
preocupada. Ninguem
tinha
- parado para ajudar durante a última hora. Ele iria aprontar
alguma? Ele não
- parecia seguro, parecia pobre e
faminto. Ele pôde ver que ela estava com
- muito medo e disse:
-
- - "Eu estou aqui para ajudar madame. Por que não espera no
carro onde
- esta quentinho? A propósito, meu nome é Bryan".
-
- Bem, tudo que ela tinha era um pneu furado, mas para uma
senhora era
- ruim o bastante. Bryan abaixou-se, colocou o macaco e levantou o
carro.
- Logo ele já estava trocando o pneu. Mas ele ficou um tanto sujo
e ainda
- feriu uma das mãos. Enquanto ele apertava as porcas da roda ela
abriu
- a janela e começou a conversar com ele. Contou que era de St.Louis
e que
- estava de passagem por ali e que não sabia
como agradecer pela preciosa
- ajuda.
-
- Bryan apenas sorriu enquanto se levantava. Ela perguntou quanto
devia.
- Qualquer quantia teria sido muito pouco para lá. Já tinha
imaginado todas
- as terríveis coisas que poderiam ter acontecido se Bryan não
tivesse parado.
-
- Bryan não pensava em dinheiro. Aquilo não era um trabalho para
ele.
- Gostava de ajudar quando alguém tinha necessidade e Deus já lhe
ajudará
- bastante. Este era seu modo de viver e nunca lhe ocorreu agir de
outro
- modo.
-
- Ele respondeu:
- - "Se realmente quiser me reembolsar, da próxima vez que
encontrar
- alguém que precise de ajuda, dê para aquela pessoa a ajuda que
precisar".
- E acrescentou: "... e pense em mim".
-
- Ele esperou até que ela saísse com o carro e também se foi.
Tinha sido um
- dia frio e deprimido, mas ele se sentia bem, indo pra casa,
desaparecendo
- no crepúsculo.
-
- Algumas milhas abaixo a senhora encontrou um pequeno restaurante.
Ela
- entrou para comer alguma coisa. Era um restaurante sujo. A cena
inteira
- era estranha para ela.
-
- A garçonete veio até ela e trouxe-lhe uma toalha limpa para que
pudesse
- esfregar e secar o cabelo molhado e lhe dirigiu um doce sorriso,
um sorriso
- que mesmo os pés doendo por um dia inteiro de trabalho não pôde
apagar.
-
- A senhora notou que
a garçonete estava com quase oito meses de
- gravidez, mas ela não deixou a tensão e as dores mudarem sua
atitude.
- A senhora ficou curiosa em saber como alguém que tinha tão
pouco, podia
- tratar tão bem a um estranho. Então se lembrou de Bryan.
-
- Depois que terminou a refeição, enquanto a garçonete buscava
troco para
- a nota de cem dólares, a senhora se retirou. Já tinha partido
quando a
- garçonete voltou. A garçonete ainda queria saber onde a senhora
poderia
- ter ido quando notou algo escrito no guardanapo, sob o qual tinha
mais
- 4 notas de $100 dólares. Havia lágrimas em seus olhos quando
leu o que a
- senhora escreveu. Dizia:
- - "Você não me deve nada, eu já tenho o bastante. Alguém
me ajudou uma
- vez e da mesma forma estou lhe ajudando. Se você realmente
quiser me
- reembolsar não deixe este círculo de amor
terminar com você".
-
- Bem, havia mesas para limpar, açucareiros para encher, e pessoas
para
- servir. Aquela noite, quando foi para casa e deitou-se na cama,
ficou
- pensando no dinheiro e no que a senhora deixou escrito. Como pôde
- aquela senhora saber o quanto ela e o marido precisavam disto?
Com o
- bebê para o próximo
mês, como estava difícil! Ela virou-se para o
- preocupado marido que dormia ao lado, deu-lhe um beijo macio e
- sussurrou:
- "Tudo ficara bem; eu te amo, Bryan".
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