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- Na cidade de Kotzk, o rabino
Itzjac de Vorki foi convidado para um
banquete.
Quando o rabino se aproximou da casa do seu anfitrião viu que a
entrada
estava repleta de bonitos adornos e que enormes lâmpadas a
iluminavam...
se deteve no caminho e o seu anfitrião foi ao seu encontro.
Após os cumprimentos o rabino falou ao homem que retirasse todos
aqueles enfeites e faróis que tinha posto na faixada da casa por
causa da
sua visita.
- Mas por que? O senhor não gostou? - perguntou o anfitrião.
- Não se trata disso - disse o rabino - Um homem não deve ser
diferenciado do outro na sua condição de hóspede. Eu desejo ser
tratado
de maneira igual ao mais humilde hóspede. Ou você faz o que pedi
ou me
prometa que de agora em diante você receberá do mesmo modo todos
aqueles que visitarem a sua casa.
- Mas rabino, se eu tratar a todos os meus hóspedes da mesma
maneira
que pretendo tratá-lo eu irei à falência!
- É por isso que pedi para retirar os adornos e as lâmpadas...
O anfitrião, então, retirou os enfeites que tinha posto, serviu
uma refeição
mais moderada e devolveu à sua casa a aparência cotidiana...
Tratar diferentemente as pessoas por causa da sua condição social
ou da
sua aparência é agir em total desacordo com os preceitos do amor
universal.
Usar de dignidade e justiça no trato com os outros é um dever básico
para
quem quer contribuir para a edificação de uma realidade melhor.
Ser hospitaleiro não é dominar a etiqueta social para agradar
visitas que
consideramos importantes, é sim reconhecer um traço de Deus em
todos
aqueles que batem à nossa porta...
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